11/09/08

Ainda quero a minha casinha

... Há coisas que nunca nos habituamos a elas, ou melhor, depois de desabituar-mos a elas, não conseguimos voltar a habituar às mesmas coisas. Vivi metade da minha vida nesta terra feia, com prédios e mais prédios feios, caixinhas de fósforos autênticas, trânsito e mais trânsito, cidade feia com pessoas tristes. Admira-me saber que daqui surgem alminhas criativas mas é verdade, na área do teatro, da música, das artes... porque é mesmo uma terra feia e triste. Depois fui uma privilegiada, pelo menos é assim que me sinto, fui morar para o sul, com muito sol, tudo muito bonito, pouco trânsito, pessoas mais alegres e com ar mais leve; habituei-me ao bem bom e já não quero outra coisa.
Hoje tive um momento muito feliz, tive uma espécie de happy hour, entrei numa loja para comprar um CD e atendeu-me uma colega de escola que eu já não via há quanto tempo? 15 anos, em números redondos! Continua na mesma, o mesmo ar, o mesmo penteado, mais 15 anos em cima, claro, chegamos as duas à mesma conclusão, continuamos as tontas de sempre, só que mais velhas, com filhos, trabalhamos, enfim. Fiquei muito feliz com este reencontro mas ainda quero a minha casinha!

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