11/02/09

SACO DE PAPEL CHEIO DE POESIA






Os livros. A sua cálida, terna,

serena pele. Amorosa

companhia. Dispostos sempre

a partilhar o sol das suas águas.

Tão dóceis, tão caladas, tão leais.

Tão luminosos na sua branca e

vegetal e cerrada melancolia.

Amados como nenhuns outros

companheiros da alma. Tão

musicais no fluvial e transbordante

ardor de cada dia.

Eugénio de Andrade

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